Por mais que eu tente, nunca conseguirei reunir o número de livros que sempre desejei ter. Número infindável, em comparação com a mediocridade da minha biblioteca caseira.
Mas o gozo que me de ter aquele objecto, no qual eu me afundo, viajo, divago e por vezes me entristeço. Mas que gozo poder tocar-te, abrir-te, desfolhar-te, ler-te, decifrar tudo aquilo que me queres dizer, tudo aquilo que queres que eu descubra. Serão as minhas mãos dignas de te tocar? Os meus olhos dignos de te ler?
Sorvo cada letra, cada palavra com a fome de quem acabou de acordar; exalto-te com a fúria de quem acabou de nascer e assim dá primeira golfada de ar.
A sensação de não estar presente neste mundo insano, de me abstrair da realidade que não existe. Voar para longe, para o irreal...
Assim eu me acho, quando te leio...
Há livros que são uma biblioteca...
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